Todas as sociedades têm os próprios problemas que, normalmente, são proporcionais ao nível de desenvolvimento político-cultural das mesmas. Angola está vivendo o seu décimo primeiro aniversário de paz, no qual nos apresentamos com uma experiência decenal de renovado empenho pelo desenvolvimento integral da nossa sociedade. Ouso afirmar: Angola de hoje é melhor daquela de ontem.
TODAVIA, não obstante os vários progressos que registamos, muitas questões continuam sem resposta, sobretudo aquelas ligadas a corrupção. Em abono da verdade, é um fenômeno social presente em todas as sociedades, que se desenvolvem com maior vigor, nos momentos post-guerra. Um fenômeno, que se não for combatido em momento certo, torna-se numa cultura: a cultura da ilegalidade. Angola encontra-se no momento histórico ideal para combater seriamente os vários vícios sociais, relativos a administração da coisa pública e não só.
PROVA DOS NOVE. Partindo da notícia em anexo, gostaria de colocar à sua atenção algumas questões relativas a legalidade, a aplicação e ao respeito das leis.
Diz-se que a "Culpa" morreu solteira. Observando a notícia em anexo, eu questiono: o problema angolano é de cariz social, político ou cultural? É ainda consequência da colonização, do analfabetismo ou fruto de aproveitamentos? QUAL foi o papel dos "Partidos Políticos" na criação desta paisagem ética e moral? Existe em Angola uma SOCIEDADE CIVIL? Muitos dizem que sim, outros afirmam que não. Eu digo que existe. Mas, nesta óptica, qual foi o seu papel? O que esta tem feito para melhorar a sociedade angolana em geral? Já existem frutos? O que fazer nos próximos anos? O que fazer já amanha? O que fazer hoje?
A questão é delicada, mas não impossível. De qualquer forma, se as nossas reflexões nos portassem a concluir que todos os angolanos estão dentro desta panela, quem tem o dever de começar a mudar esta realidade? Somos todos chamados a combater os vícios que se apresentam na gestão dos bens comuns. O primeiro passo é a consciencialização dos nossos direitos e deveres, pautados na Carta Constitucional. O segundo passo é vincar tais direitos, que se consubstanciam também nas denúncias de todos os erros de administração que venhamos a conhecimento. O terceiro passo é tornar-se num agente pelo bem comum, sobretudo informando os mais débeis e trabalhando com as Instituições de direito.
Tudo pode e deve ser melhorado. Angola está melhorando, contudo a estrada que temos pela frente é mais longa daquela que já fizemos. Dos pequenos aos grandes erros, as denúncias fundamentadas ajudam a desenvolver a nossa sociedade. Se cada um de nós fizesse o próprio dever, já teríamos uma Angola mais angolana, mais africana, mais nossa, de todos os angolanos e amigos de Angola.
Estamos juntos, porque a vitória é certa!
Via | #fpb aka #angola2017
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terça-feira, 27 de agosto de 2013
PEQUENOS & GRANDES FURTOS | Se urge uma reeducação da sociedade angolana, por Francisco Pacavira
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