Observando o actual xadrez político-militar do Oriente Médio, podemos afirmar que a "eventual" III Guerra Mundial está já espreitando as nossas janelas; já não se trata de uma remota hipótese. Neste preciso momento, a Rússia e os Estados Unidos estão prendendo posições militares estratégicas no Mar Mediterrâneo, criando assim um jogo de tensão no qual, o mais pequeno erro de cálculo poderá levar o mundo à uma imprevisível crise militar.
A título de exemplo: no Mar Mediterrâneo, por um lado, a presença dos Estados Unidos é constituída pela "Sesta Frota Naval", composta por 40 navios de guerra, 175 meios aéreos, e 25.000 militares de várias especialidades. A estes meios, se juntaram os navios da França e Reino Unido. Por outro lado, a Rússia possui a Tartus, o último porto de atraco militar em toda a zona mediterrânea. Neste momento, encontra-se atracada uma parte da "Frota do Mar Negro", das mais antigas e potentes durante o Império Soviético e actualmente possui cerca de 170 naves de guerras com as respectivas unidade de apoio. É notícia de última hora que o Governo russo autorizou a deslocação àquele porto de um grande navio anti-submarino juntamente com o cruzador de mísseis Moskva.
Como sabemos, a questão siriana, agora mais do que nunca, requer mais tacto político-diplomático do que selvajaria neocolonial, para não asseverar imperialista. Assim sendo, a concentração de inúmeros meios militares, dotados de alta tecnologia de precisão e destruição, numa só zona, constitui um alto factor de risco pela imprevisibilidade de certos factores contingentes.
O jogo da guerra já está em curso. As tácticas são conhecidas, mas as consequência continuam imprevisíveis. É nesta hora que os verdadeiros políticos demonstram o valem. Quem quer a paz, trabalha para paz. Quem busca a guerra, qualquer ocasião é boa.
PREVISÕES:
1) Coalizão árabe-ocidental ataca a Síria com mísseis tomahawk e raides aéreos.
2) A Síria responde atacando Israel e todas os objectivos ocidentais a seu alcance.
3) Russia e China, se não participarão direitamente, agirão por traz. A técnica prevista é a mesma que usou-se na Guerra no Vietnam.
4) O Irão é envolvido no mesma guerra por razões de um acordo de mútua proteção com a Síria. Os seus ataques, prevalentemente missilísticos, serão dirigidos contra objectivos americanos e contra Israel.
5) O Líbano entra no conflito partindo da Hezbollah. O conflito tenderá a alagar-se por toda a região.
6) Tudo é possível.
Para alguns analistas, o alto número de forças ocidentais na zona, deve-se também ao ataque contra o Irão, especificamente aos locais de enriquecimento de urânio. Aproveitar-se-há esta ocasião para uma forçada intervenção "cirúrgica". Eis a maior das preocupações: a desestabilização dos dois países poderá inflamar todo o Oriente Médio e não só.
Que o Senhor ilumine os "astros" da diplomacia!
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