segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ANGOLA 2013 | Barack Obama e o "mito constituinte" da igualdade entre os cidadãos americanos

Os Estados Unidos, não obstante a crise econômica e social que, lhes lambe até os ossos mais obductos, continuam dando ao mundo excelentes exemplos de formas de viver em democracia.

Numa das suas últimas intervenções, Obama debruçou-se o mito da "IGUALDADE DE OPORTUNIDADES" entre os cidadãos americanos. Um "mito" que dá cor e sabor à ideia de "democracia americana". Um mito sem o qual, os USA não se teriam afirmado como terra onde tudo é possível, onde os sonhos são realizáveis. Em outras palavras: tudo depende do esforço de cada um visto que o "Sistema" foi criado para permitir a ascensão socio-econômica de todos.

Eis uma das passagens significativas do discurso: “We are true to our creed when a little girl born into the bleakest poverty knows that she has the same chance to succeed as anybody else, because she is an American; she is free, and she is equal, not just in the eyes of God but also in our own.”

UM OPORTUNO EXEMPLO PARA ANGOLA. Os problemas devem ser "abertos/porque reconhecidos e chamados por nome", discutidos, com a necessária estrutura de "tese, antítese, síntese/conclusão".

Sabemos que nos USA as oportunidades não são iguais para todos. O mesmo acontece em Angola. Todo o mundo é país. O mérito de Obama e dos Jornais, como o New York Times, consiste no facto de ter aberto o debate sobre o tema em análise; consiste na pesquisa, na busca de dados concretos e possíveis indicações/soluções aos quatro poderes de uma democracia parlamentar.

Em outras palavras, se em Angola as oportunidades continuam sendo restritas, é/o para poucos, urge a abertura de um debate nacional. Por exemplo, o Caso Kilamba. Uma das recentes questões que estão estremecendo a sociedade angolana. Vamos esperar que, quanto antes, as autoridades abram um debate sobre o mérito dos mecanismo de compra dos imóveis. O que depende de quem? De quem são as responsabilidades últimas? Quem responde por qual passagem? Quem controla os gestores? Quem controla os controladores?

A primeira igualdade, é a justiça. Dizia Victor Hugo. O resto são palavras, e como tal, voam com vento.

Cfr. New York Times, artigo de Joseph Stiglitz:  Equal Opportunity, Our National Myth

Via | fpb

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ANGOLA 2013 | O que o país mais precisa: BONS EXEMPLOS!

485309_470136863041168_1299528773_n[1]É o primeiro a criticar, mas ai de quem ousa criticá-lo. É o primeiro a falar de lealdade, de amizades verdadeiras, de patriotismo desinteressado, mas a sua vida (...).

As vezes, é mais fácil "deitar" o próprio tempo para falar mal dos outros, que usar-lo na construção de plataformas de diálogo com fins sociais. O actual estado do "turbo/Capitalismo sem control e sem direcção", inculcou nas sociedades a ideia segundo a qual, o mais importante é pensarmos sempre em nós mesmos. Esta concepção da vida, embelezada pela pseudo "liberdade máxima" (quando a liberdade tem a dimensão da conta bancária) e da privacidade relativa (os meus actos são livres e não devo justificar nada a ninguém, porque somos todos iguais e ninguém é melhor que ninguém), acelerou o individualismo, eliminando assim as velhas relações humanas e/o responsabilidades sociais cateterística das comunidades de base.

Hoje somo conscios de que o "individualismo doentio", provocado por vários factores - alguns dos quais citados nos precedentes paragrafos -, nos condicionam a pensar somente na imagem que "vendemos" na sociedade (sociedade da imagem), na ideia de pseudo homo oeconomicus que os outros têm de nós (valho porque posso comprar o último grito de tudo), em fim, chegamos a crer que a finalidade última da nossa existência é ter o que nos dizem ser importante. Trata-se de um individualismo possessivo. Sou porque tenho. Quanto mais tenho, mais valho, e o resto que se dane. Eis a praga, o pensamento dominante em certos círculos da nossa sociedade.

Pois bem, também sabemos que, um certo valor das nossas vidas é intrinsecamente ligado ao investimento (espiritual e material) que fazemos para o bem estar dos outros. Somos homens, seres sociais, por isso vivemos em sociedade. E' tempo que pensemos mais nas várias maneiras de ajudar quem realmente necessita. Esta é a estrada para o desenvolvimento de Angola, alias a única estrada. O egoísmo é um vírus capaz de "assassinar" os sonhos mais invejáveis que um povo pode ter e/o elaborar.

Angola necessita de exemplos. Cada um de nós tem a responsabilidade de melhorar a vida dos que vemos e ouvimos. Todos nós temos qualquer coisa para dar: COMECEMOS INFORMANDO, METENDO AS PESSOAS EM CONTACTO, QUEM SABE.

Via|fpb

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